quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O que você vê


Essa quem você vê
Não sou eu
É só a minha casa
Onde eu vivo
Onde eu me escondo
Como uma borboleta
Que um dia vai deixar seu casulo
E voar livremente a enfeitar outro lugar
Quem sou mesmo ninguém pode ver
Mas pode tentar sentir
Quando eu partir pra não sei onde
Minha casca vai ficar
E secar
Mas eu mesmo nunca vou morrer
Só vou mudar
De casa
De casca
De carcaça
De morada
De memória de história
Ou de lugar